sábado, 19 de junho de 2010

As tecnologias e a Informação. Elas estão aí e você, também?


   A partir do que foi discutido ao longo do semestre, a proposta final da disciplina é refletir sobre a seguinte questão: É possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação da informação de maneira mais ágil e mais eficiente? Então vamos lá!
   Atenção para a resposta certa: SIM!! Podemos utilizar esses recursos para uma recuperaçao mais eficiente, só temos que saber como. Um dos fatores que influenciam este processo é a mentalidade das pessoas. Vimos durante esses meses de reflexão e aprendizado sobre as mídias digitais que muitas são as alternativas, os recursos, as possibilidades e o que pode faltar é o conhecimento e a iniciativa das pessoas em pesquisar e utilizar o que encontram de novo.
   Podemos visualizar alguns cenários: as pessoas que utilizam estes recursos para otimizar a realização das tarefas e assim se aproximam da realidade dos nossos dias; existem aquelas que utilizam sem a vontade e empenho necessário, tornando assim o instrumento ineficiente e, por fim, há a ignorância destes meios, um possível medo destes recursos.
   Quando eu estava no colégio li em um livro de História que na Idade Média as pessoas tinham medo das novidades, e neste ponto não evoluímos muito. Ainda encontramos pessoas receosas de usar novos programas, esperimentar novos sites e claro, tudo que veio depois do celular....(se bem que tem gente que nem celular tem!). Então falar em aproveitar os novos recursos é falar no comportamento humano também.
   No caso das bibliotecas também há conflito. O que vemos atualmente são extremos: bibliotecas que já incorporaram estes recursos de forma efetiva e outras que não estão em contato com nenhuma ferramenta. Obviamente que devemos saber medir o quanto estamos sendo efetivos nas atitudes que tomamos. Não adianta apenas criar uma ferramenta (como um blog, por exemplo) sem que esta tenha visibilidade entre os usuários. Não adianta criar serviços como este se o nosso público-alvo não tiver condições de acessar estas informações, ou não for familiarizados com este tipo de tecnologia. Mas isso não pode nos impedir de tentar, de pesquisar, de agir! É necessário conhecer, divulgar novas possibilidades e ter o discernimento para utilizá-los em prol das necessidades dos seus usuários.
   Claro que todas estas ferramenta, todas essas informações disponíveis acabam por criar um mar de informação que pode nos afogar se não estivermos atentos. Como diz José Moran (1997, documento eletrônico) sobre relação estudantes/internet

Eles [os estudantes] gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas


   Solução Opção/alternativa: pesquisar e discutir. Sair do óbvio, seja em fontes de informação, seja em conteúdo. Discuta, reflita sobre as informações que encontra. NÃO use apenas o Google (se bem que, cá entre nós, às vezes só ele responde), conheça outras possibilidades. Não julgue pelas aparências. Não é porque se trata de um blog que não pode haver informação pertinente e indicação de outras fontes que você não tinha encontrado. Existem ferramentas maravilhosas que auxiliam em tantas coisas e muitas pessoas não ficam sabendo.
   Não fique alienado. Não se atrofie. Pense que com a internet a distância se tornou relativa. Ir ao Chile não é tão difícil. Ler o The New York Times, visitar um museu no Iraque, conhecer pessoas que gostam da mesma banda/filme/livro que você, fazer amizades com pessoas que de outra maneira você talvez nunca conhecesse. Amplie seus horizontes. Se for pesquisar, pelo amor de deus, não use só a Wikipédia, mas também não a despreze. Tenha bom senso, e acima de tudo arrisque-se.
   Bibliotecários e usuários: existe todo um mundo na Internet, muita informação e muita desinformação. Isso é fato, porém, não podemos nos ater a esta afirmação e deixar por isso mesmo. Devemos discernir, pensar, exercitar essa massa cinzenta que possuímos e que muitas vezes aproveitamos tão pouco.



REFERÊNCIA:

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Ci. Inf., Brasilia, v. 26, n. 2, maio 1997 . Disponível em: . Acesso em: 19 jun 2010.

sábado, 5 de junho de 2010

Redes Sociais




    As redes sociais estão presentes na minha vida há uns 5 anos, mais ou menos. No começo não sabia o sentido de fazer "fazer um orkut" para mim nõ tinha finalidade. Depois, não sabia o porque de tantas pessoas acharem este serviço tão maravilhoso. Qual não foi a minha surpresa quando os meus primos, que nem computador tinham em casa, me adicionaram no Orkut? Atualmente eles sabem muito mais do que eu sobre os recursos e já conseguiram namoros e amizades nas andanças pelo Orkut. Pois muito bem, chego na faculdade e um novo leque de possibilidades se abre: utilizar o Orkut como canal de comunicação e interação entre os usuários e a biblioteca; entre os bibliotecários...enfim, uma rede sem fim de relacionamento (profissional, pessoal etc). E além do Orkut, outros espaços como o Twitter, o Facebook e o MySpace - cada um com uma característica marcante e um enfoque diferente - surgiram.
    As redes sociais são espaços onde as pessoas podem se comunicar de form dinâmica e estabelecer relações umas com as outras segundo critérios de afinidade (como no orkut e facebook). As potencialidades desta nova forma de comunicação ainda não são totalmente conhecidas. Pesquisando sobre o assunto, me deparei com um artigo muito inteeressante onde pesquisadoras estudaram a importância da Internet para a expressão dos surdos, e para isso, analisaram depoimentos presentes no site da Feneis e em um fórum da comunidade Surdos Oralizados no Orkut.
    No fórum do Orkut o debate era entre defensores da Libras e defensores da Oralização dos surdos. Através da análise dos diversos depoimentos, as autoras discorrem sobre os benefícios das discussões para os participantes. Os próprios integrantes admitiam o benefício da discussão, afirmando que estavam conseguindo ver o outro lado da história (GARCEZ;MAIA, 2009).
    De mania à campo de pesquisa. As redes sociais surpreendem até hoje. Marketing, comportamento, discussão entre pessoas com pontos de vista deversos sobre um assunto. Várias são as possibilidades. Não podemos é perder a capacidade de pensar. Assim como o fenômeno da televisão, as redes sociais são viciantes e podem atrasar o desenvolvimento das pessoas se forem encaradas como um fim. Muitas pessoas ficam um dia inteiro conectados, sendo que chegam ao cúmulo de se sentirem deprimidas se não se conectarem. Atenção: não precisamos de mais um instrumento de alienação. Use as redes socias sim, mas não seja restrito a elas.
    Muitas das pessoas mais interessantes que eu conheço fazem parte de uma rede social, mas não fazem APENAS parte de uma rede social. Possuem muitos outros interresses. Pesquisam sites diferentes, descobrem eventos culturais alternativos e acessíveis. Então se intere das novidades, converse com as pessoas, faça novas amizades, mas não se esqueça de dar uma volta na Redenção, de ir ao teatro, etc. Não seja daquelas pessoas que depois de olhar os recados do Orkut, de ver o Twitter pára e pensa: tá, não tenho mais nada pra fazer na Internet. Sim, você tem! Muita e muita coisa! É só procurar!

Fontes consultadas:

GARCEZ, Regiane L. O.; MAIA, Rousiley C. M.. Lutas por reconhecimento dos surdos na Internet: efeitos políticos do testemunho. Rev. Sociol. Polit., Curitiba, v. 17, n. 34, out. 2009 . Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2010.

sábado, 29 de maio de 2010

Museus, Iraque e pessoas


   Os museus, assim como as bibliotecas e todos os ambientes relacionados às tecnologias de informação e comunicação, tiveram que se adaptar aos novos tempos. A expansão da internet nos anos 1990 desencadeou ppossibilidades que ainda não foram completamente exploradas. Todos os dias novas práticas usando a internet, novas maneiras de usar esta ferramenta. Uma delas é a utilização da internet para divulgação dos serviços e recursos das instituições de cultura. Assim, sites foram criados e informações sobre funcionamento e serviços são divulgadas.
   No caso dos museus, houve uma denominação para os sites dos museus (webmuseus, museus virtuais, museus on line) e também uma exploração muito grande das possibilidades deste novo recurso. Sim, pois da mesma forma que existem sites com informações como horário de funcionamento e exposições, existem outros onde acervos inteiros estão disponíveis para um tour virtual...você pode ver o museu, as salas de exposição e nelas os objetos. Os objetos vem, em alguns museus, com informações históricas e fotografias (como no caso do museu do Iraque).
   Em outras situações, temos museus com uma proposta inovadora como o Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/index.shtml) onde as pessoas são o foco. Não, na verdade, as histórias dessas pessoas é que são. Lá pode-se encontrar depoimentos de várias pessoas comuns sobre diversas temáticas como cotidiano, sociedade etc...
   Quem sabe visitar vários países sem sair de casa, hein? Ir ao Iraque ( e sem perigo de morrer por causa de uma bomba...)e outros países interessantíssimos. Lugares que talvez nunca visitemos, pelo menos os objetos de lá conheceremos.
   Obviamente, com o surgimento da possibilidade de se visitar um museu sem sair de casa, houve um tumulto sobre o fim dos museus reais. Gente, será que não vamos aprender nunca? Sabe, o mesmo aconteceu com o e-book na Biblioteconomia. Surge um, o outro logo logo TEM QUE sumir. Assim, vamos entrar em um acordo, no caso dos museus e dos livros, não será desta vez que sumirão. Não digo nunca, pois, ao menos no caso dos suportes (como o livro) a História mostra que mesmo que dure muito...um dia acaba, então o livro vai sim acabar...UM DIA, não amanhã, nem daqui a 10 anos, UM DIA.É como diz Rosane Carvalho: os museus virtuais estão em construção há apenas 10 anos.
   Outra coisa, o receio de que as pessoas não queiram mais ir a exposições pois já a viram na internet é, pelo menos ao meu ver um tanto exagerado. Pense assim: no caso dos livros é diferente, pois o importante é o conteúdo do livro e não o livro em si, mas no caso do museu o incrível é o objeto. É maravilhoso saber a história dele e o contexto em que ele estava inserido. Mas o inacreditável é saber de tudo isso e ainda poder ver o objeto a centímetros de ti.
   Então, concluindo esse post que mais parece uma colcha de retalhos (pois esse tema sendo novo causou uma certa confusão em mim, além de uma agradável surpresa, fica a dica: pesquisem, vejam acervos lindíssimos que se não fosse a web vocês nunca conheceriam, e depois façam uma viagem, visitem...não deixe que a web substitua nada, ela apenas complementa.



Referência:

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na
Internet e o visitante virtual.Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2010.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Jornais nacionais


    Se os jornais internacionais podem nos ajudar na aprendizagem de línguas e na visualização do mundo lá fora, os jornais nacionais online podem fazer muito mais. Além de nos manter informados, são ainda mais amigáveis para que possamos em aplicações possíveis junto aos usuários. São uma espécie de fonte mais dinâmica, e tão confiável quanto o jornal impresso. Assim, para esclarecer uma dúvida quanto a uma determinada notícia, alguns cliques e temos as versões dos principais jornais do país.
    Para um bibliotecário, essa forma de obter informações torna o atendimento ao usuário, não mais simples, mas talvez com mais opções de busca. O que nós precisamos são fontes. A única maneira de atender de forma eficiente, ou seja, dar um retorno rápido e eficaz é tendo fontes de pesquisa.
    Além disso, tem um detalhe que não consideramos ainda. O básico, no caso do jornal e mais extraordinário no caso do jornal online: a possibilidade de anúncio. Sim, a comunicação. Pense em uma cidade pequena. Uma biblioteca que queira ter maior visibilidade e um canal de comunicação com a comunidade pode perfeitamente usar o jornal da cidade.
    Feiras, bailes, enfim, eventos culturais podem ser promovidos pela biblioteca e divulgado no jornal. E se esse jornal tiver uma página na internet? Todo o estado, todo o país terá acesso.
    Ok, impossível? Exemplo: Venâncio Aires. Lá existe uma bibliotecária e ela promove eventos na cidade. Até aí, ótimo, mas e o que os jornais tem a ver com isso? Simples, ela anuncia os eventos no jornal. Assim, a biblioteca ganhou uma maior visibilidade.
    Pesquisando um pouco mais sobre os jornais de lá, achei o jornal "Folha do Mate", onde há informações institucionais, enquetes, a possibilidade de acessar a versão impressa do jornal. Busca por edições anteriores, banco de fotos e vídeos, blogs, espaço para que o leitor mande textos etc.

    Então, fica a dica: se comunique! Use os recursos de sua cidade e da interne. Extrapole fronteiras, uso os recursos para mais coisas do que sua função original.

sábado, 15 de maio de 2010

Jornais internacionais


   Quando eu estava pensando em que ângulo da questão dos jornais internacionais eu enfocaria, comecei a passear pelos blogs de alguns colegas e vi coisas muito interessantes, que não tinham me ocorrido. A Juliana, por exemplo, explorou o potencial informacional dos jornais internacionais sob o enfoque da multiplicidade de pontos de vista em relação a um mesmo fato. E depois que eu li isso, eu comecei a refletir sobre uma outra função, ou ainda,uma outra possibilidade: o uso dos jornais para a assimilação e treino da aprendizagem de línguas. Ok, é meio utópico, mas pense dessa maneira: você entende alguma coisa de espano, certo? Então, como treinar o seu espanol de forma prática e rápida? Através dos jornais.
   Ler uma notícia em outro idioma nos coloca em contato como pensamento de pessoas que estão do outro lado do planeta (ou talvez não), que tem problemas (circunstâncias) diferentes dos nossos. Muitas vezes eles encontraram soluções para problemas que nós ainda estamos tentando contornar.
   Então, porque não treinar nosso espanhol, inglês, francês etc.. através deste veículo? Além de tudo o mais, estaremos muito bem informados sobre as notícias do mundo. Através deste mecanismo, pode-se entrar em contato com o cerne do idioma, nos familiarizando com a estrutura e, como disse um autor uma vez, o "espírito" da língua.
   Maravilha, mas onde o bibliotecário se encaixa? Em tudo!!! Imagine uma oficina onde o bibliotecário imprime as notícias do Clarín ou do El Pais, e distribui entre algumas pessoas para que treinem seu espanhol. A medida em que as pessoas progridem, anotam as palavras que não entendem e fazem uma consulta ao dicionário. O bibliotecário pode pedir ajuda para alguém que domine a língua nas dúvidas mais difíceis.
   Então fica a dica: Leia! Divulgue! Nem que seja uma notícia por dia. Além do mais, quanta coisa inútil fazemos na internet e dedicamos tempo a isso? Já que é assim, vamos equilibrar as coisas. E você, Bibliotecário, seja criativo. Se essa não for a sua característica mais acentuada, faça como eu: "cate" o que os seus colegas estão aprontando por aí....e copie, copie à vontade as iniciativas boas, plagie, plagie as ações que levam a uma melhora social, e mais: informe! De todas as maneiras, com todos os recursos e suportes. A língua, bobagem, aos poucos essa barreira também cai...

Jornais digitais (2)

    Então, a questão do lucro obtido na publicação online dos jornais, houve uma revolução. Sim, pois agora havia mais de uma forma de ler jornal e .....o jornal impresso poderia desaparecer!!!!!!!!(óóóóóóóó!). Obviamente, cada vez que um novo suporte chega, o anterior fica (pelo menos assim pensam as pessoas) ameaçados de extinção. Acontece que, assim como a questão do e-book, o jorna online não veio "dominar o mundo", apenas se apresenta como uma nova forma de informar.
    A extinção do jornal impresso gera uma discussão um tanto inútil, já que mesmo que o jornal impresso não tenha o alcançe ou mesmo custe mais para o jornal do que a versão online, nem todas as pessoas tem acesso à internet de forma contínua que possa abdicar das assinaturas ou das facilidades do jornal impresso: poder pegar um "na corrida" na banca de revista ou de vendedor nas ruas, poder amassar e por embaixo do braço e seguir em frente. Assim como no livro, muitas pessoas sentem prazer em folhear as páginas, poder ler (no caso do jornal) de trás pra frente etc. O que acontece é a convivência entre as duas versões, onde a online tem alguns outros recursos inexistentes na versão impressa.
    Ok, falamos das duas versões, do porque os jornais passaram a fezer versões on line e continuaram depois, chegando a produzir jornais que existem somente online. Agora, vamos falar sobre o impacto deste fenômeno na área da Ciência da Informação. Acho que uma das coisas que mais me agonia (e a todas as pessoas....) é a questão da preservação. Eu já falei mais de uma vez que os assuntos abordados nesta disciplina são muito novos para mim, e então me dou o direito de falar de assuntos que para os outros pode ser coisa simples e que não tem insegurança, mas que me ocorrem e me fazem refletir.
    Pesquisando sobre o assunto, encontrei um trabalho apresentado em um evento na universidade federal da Bahia que fala sobre a preservação digital, um assunto que para mim é novo, já que sempre tive dificuldade em entender como preservar algo em um suporte tão novo. Sim, ele é novo sim, o velho papel está em nossas vidas há séculos, e o digital? Algumas décadas. Nós sabemos que o papel, bem conservado, pode durar alguns séculos, mas e o digital? Até quando? As fitas, os cd's, os arquivos em diferentes formatos, até quando?
    Neste trabalho eles fazem um pequeno apanhado do que a arquivologia a a biblioteconomia têm feito em relação à preservação digital. Depois relaciona uma série de medidas que várias instituições estão tomando em relação a este assunto. E m determinada parte do texto os autores dizem que o Commission On Preservation & Access/ Research Libraries Group dava 3 alternativas: a preservação da tecnologia, a tecnologia
de emulação e a migração da informação. Assim, diversas instituições discorrem sobre qual seria mais adequada. (BOERES; ARELLANO, 2005)
    Assim, neste mundo de novas tecnologias, temos que pensar em como será a preservação de tudo isso, para que tudo (ou a maior parte possível) seja guardada. Para que não percamos a nossa história, a nossa memória.



Referência:

BOERES, Sonia A. de Assis; ARELLANO, Miguel A. Márdero. Políticas e estratégias de preservação de documentos digitais. Trabalo apresentado no 6. Encontro de iência da Informação, Bahia, 2005. Disponível em:. Acesso em: 15 mai. 2010.

Jornais digitais

    O ciberjornalismo começou a mais ou menos uma década e meia atrás quando os jornais começaram a ter versões online de seu produto impresso. No início havia apenas uma transposição de informações de um formato para outro, e apenas mais tarde houve o chamado boom dos jornais online.
    Essa transposição foi complicada, pois em muitos jornais era preciso trabalhar quando o jornal impresso já estivesse praticamente pronto, e daí começar o processo. Aos poucos novos recursos foram acoplados aos jornais online. Isso fez com que em pouco tempo os jornais começasse a disponibilizar imformações exclusivas no site, pudesse linkar a notícia com outras sobre o mesmo tema. Além disso poderia fazer uso de mídias sempre imaginadas no papel mas impossíveis de serem aplicadas, como o vídeo e a música.
    Não é necessário dizer (ou talvez seja, vai saber) que o jornalismo sofreu uma mudança radical. Não só no fazer jornalismo, como também na visão que o próprio jornalista a seu respeito e na forma como esse processo afetou o imaginário desses profissionais. Pense nos filmes de jornalista: uma redação com várias mesas e as pessoas escrevendo...primeiro em máquinas de escrever, depois em computadores. Finalmente, depois de um dia de trabalho o resultado: o jornal, composto de várias partes, impresso.
    De repente, tudo muda: não são escritas as matérias, apenas transpostas para um outro suporte (imagine você ser pago para ficar o dia inteiro fazendo cópia de uma coisa que não escreveu, não podendo mudar uma vírgula!!!!!!). O que é necessário é fazer a "comunicação" entre as matérias e o "mundo lá fora". Usar os recursos da internet para melhorar o conteúdo do jornal. Apresentar o leitor a um mundo diferente. Um mundo onde milhões de pessoas falam sobre vários assuntos. Graças a quem, não sei, muitos jornalistas ADORARAM essa nova forma de jornalismo e REALMENTE se viram jornalistas e estavam realizados fazendo esse tipo de abordagem da profissão.
    Ok, não foi só a possibilidade de manter as pessoas mais bem informadas sobre um tópico e a loucura de poder usar diversas mídias para informar que levou os jornais a criarem versões online para os seus leitores. O custo de produzir uma versão online que pode alcançar milhões de pessoas no planeta e infinitamente menor do que a impressão do jornal. Assim, o estímulo para fazer versões online foi muito grande. Em quase duas décadas, vários jornais internacionais e aqui mesmo do Brasil aderiram a este "movimento".

Fontes consultadas:

ROZADOS, Helen Beatriz Frota. Tema 6: jornais eletrônicos. Apresentação em power point.

sábado, 8 de maio de 2010

Vídeos na educação

     Usar vídeos na educação não é exatamente uma idéia nova. Porém,não significa que seja bem uitlizado na maioria das vezes. Talvez pela incompreensão do método ou por comodismo em relação ao "fazer aula", ou seja, por usar este recurso de forma inadequada.
     Para usar um vídeo em sala de aula, o básico é relacionar o conteúdo do mesmo com o currículo, para que os alunos tenham uma espécie de motivação. Eles precisam ser surpreendidos para que se interessem pela aula. Usar o vídeo em História, por exemplo, pode ilustrar uma época, uma realidade. E não pense nos romanos, pense na 2ª Guerra Mundial e na Ditadura Militar, guerras internacionais. Na Literatura, com as adaptações dos clássicos como O Crime do Padre Amaro, onde podemos não ter a versão tão fiel, mas teremos o estímulo. Na Geografia, mostrando o relevo do mundo, a realidade de países distantes na Geografia Política etc.
     Aí pensamos, "ok, vídeo na escola", mas essa não é a realidade. Na Universidade ainda temos o recurso do vídeo e ele, quando bem utilizado, funciona. Tivemos essa experiência no primeiro semestre da faculdade, quando vimos "Tempos Modernos" para a disciplina de Sociologia e Administração. Nos dois casos houveram ligações entre o conteúdo do filme e o ministrado em sala de aula. No local onde faço estágio estamos selecionando vídeos para mandar para as unidades do interior. Esses vídeos são desde documentários sobre vida selvagem até dicas de administração.
     Além de usar na sala de aula, o uso do vídeo na Educação vai muito além: pode ser utilizado na Educação Alimentar, como relatado no artigo "Utilização de vídeo como estratégia de educação nutricional para adolescentes: comer... o fruto ou o produto?", onde as autoras argumentam que as fórmulas convencionais de instrução não têm êxito pois não "tocam" os adolescentes.      O que não podemos afirmar do apelo que os produtos têm para eles. O marketing da indústria alimentícia reforça pontos como popularidade e sucesso sexual como iscas para atrair jovens. Obviamente, entre esses estímulos e o cuidado ao engerir leite na juventude para prevenir osteoporose mais tarde, os adolescentes ficam onde a "galera" também fica. (BOOG ...et al, 2003)
     Assim, as autoras elaboraram um vídeo onde usaram a história de Romeo e Julieta como base. A partir dela encaixaram argumentos que variavam desde a necessidade natural de nos alimentarmos até o direito garantido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Depois realizaram atividades como oficinas e questionários para avaliação daquilo que tinha ficado retido na memória do jovem.
     Professores: usem o vídeo, ele é um recurso maravilhoso quando utilizado apropriadamente. Não tentem usar como tapa-furo, não pensem que não iremos perceber se quiser utilizar o filme de forma a não ter que dar aula. Os alunos, quando conquistados são capazes de fazer coisas ditas "loucas". No amo de 2007, no colégio Protásio Alves, uma turma de alunos se encontrou no sábado para assistir a filmes selecionados pelos professores de História e Sociologia. Foi muito divertido. Os alunos não ganhariam nada pela ida ao colégio. Foi pelo simples prazer de encontrar amigos e professores e ver um filme. Por isso, professores, caprichem, sejam criativos e conquistem seus alunos!




Referência:


BOOG, Maria Cristina Faber et al . Utilização de vídeo como estratégia de educação nutricional para adolescentes: comer... o fruto ou o produto?. Rev. Nutr., Campinas, v. 16, n. 3, set. 2003 . Disponível em . Acesso em 08 maio 2010.

sábado, 17 de abril de 2010

Banco de imagens

     Como ilustrar um blog? Sair por aí tirando fotos e depois ter todo o trabalho de passar para o computador e colocar no blog? Porque não ir a um banco de imagens e selecionar uma que tenha a ver com o tema do seu blog? Bancos de imagens são justamente isso: lugares na web onde fotografias estão disponíveis. Essas fotografias podem ser sobre tudo ou sobre um assunto específico, pagos ou gratuítos.
     Assim, no entender de Jesús Muñoz Castaño os bancos de imagens:

En esencia, se trata de colecciones
que han sido digitalizadas y que,
gracias a la utilización
de motores de búsqueda basados principalmente
en el empleo de palabras clave o descriptores, es posible
consultarlas
para su evaluación y adquisición


     Na maioria das vezes, pensamos que as nossas atividades tem um determinado raio de atuação. Outras, queremos abraçar o mundo, pensando que podemos atuar em todas as áreas. O meio termo, pensar que, aos poucos podemos reinventar nossa profissão e adaptar as práticas "biblioteconômicas" a outras áreas pode se revelar muito reconfortante. Na área médica, por exemplo.
     O uso de bancos de imagens para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, além de organizar imagens dispersas em acervos particulares. Essa foi a constatação dos autores de um artigo publicado pela revista Ciência da Informação, onde foi construido um banco de dados que fosse fonte de imagens para alunos e pesquisadores. Neste banco de dados é possível pesquisar imagens em uma parte pública e colaborar com a alimentação da base. O colaborador tem acesso a uma parte restrita do banco de dados onde insere a imagem junto com as informações laboratoriais e referentes ao exame. Essas informações serão utilizadas na indexação e assim será possível a recuperação. (CARRARE...et al, 2006).
     Enfim, usando os bancos de dados para ilustrar blogs ou para armazenar imagens de exames na área médica, pode-se vislumbrar um excelente campo de trabalho para os bibliotecários, já que o processo de indexação de imagens está presente nos dois casos. Obviamente, muitos de nós temos resistência em enxergar esse nicho do mercado. Por desconfiança, desconhecimento e comodismo (e não me excluo, tanto que estou aprendendo mais sobre o uso dessas tecnologias como forma de vencer essa minha resistência)os profissionais renegam esse espaço que podemos reclamar como também nosso. Fica a dica de mercado para todos os bibliotecários.


Referências:

CARRARE, Ana Paula et al . Uma proposta para gerenciamento e preservação de imagens em medicina na EPM/Unifesp. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 3, dez. 2006 . Disponível em . acessos em 17 abr. 2010. doi: 10.1590/S0100-19652006000300019.


MUÑOZ CASTAÑO, Jesús E. Bancos de imágenes: evaluación y análisis de los mecanismos de recuperación de imágenes. El profesional de la
información
, v. 10, n. 3, mar. 2001, p. 4-18. Disponível em: Acesso em: 9 abr. 2010.

sábado, 10 de abril de 2010

Uma imagem vale mais do que...

        Na semana acadêmica do ano passado tivemos uma das palestras mais interessantes na minha opinião: uma moça que estagiava em um instituto público (não lembro exatamente da onde), mas o que surpreendeu foi o trabalho que ela desenpenhou lá. Depois que chegou lá, descobriu milhares de fotografias em caixas. Começou então um trabalho árduo onde deixou as fotos melhor condicionadas , armazenadas e indexadas. Além disso, começou um trabalho de pesquisa, tentando identificar as pessoas presentes nas fotos. Foi muito interessante, pois ela teve que estudar sobre condicionamento de fotografias, indexação de imagens etc. Na parte de identificação das pessoas, ela contava com um senhor que ajudava, já que as fotografias eram referentes a personagens da instituição e que ele havia conhecido. Este trabalho foi durante um ano e meio e não estava concluído na época da apresentação.
        Essa palestra mostrou uma das ligações entre a fotografia (geralmente associada à Comunicação, Publicidade e Arte) e a Biblioteconomia. No que diz respeito à indexação de imagens, nos deparamos com uma complexidade, já que dependendo do olhar que o indexador tem em relação à foto, ele pode atribuir os mais diferentes decritores. Ao pesquisar sobre indexação de imagens encontrei um artigo, disponível no link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702008000200005&lang=pt sobre a indexação na área da saúde, onde as imagens estão cada vez mais difundidas (imagens do interior do corpo humano, ecografias, radiografias , etc), como auxílio na determinação do diagnóstico e a recuperação deve ser precisa. Em vários eventos nos últimos anos, o tema "indexação de imagens" tem sido contemplado.



Fonte consultada:

PINTO, Virginia Bentes. Indexação morfossemântica de imagens no contexto da saúde visando à recuperação de informações. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, jun. 2008 . Disponível em:. Acesso em: 15 maio 2010.

sábado, 3 de abril de 2010

Avaliação de Blogs - Conclusão

    Com os dados que o questionário levantou, algumas considerações se fazem necessárias:

    Primeira: É muito difícil avaliar blogs e determinar um que seja considerado um parâmetro. Mesmo com dados que sirvam de base, em alguns aspectos cada um deles foi superior, e em um mundo ideal, eu indicaria uma mescla dos três para daí construir um blog "perfeito".

    Segunda: MAAAAAS...como temos que eleger um parâmetro, eu escolhi o Museu do Cinema como modelo. Ele possui um layout agradável, o autor explora o assunto tratado, muitas vezes dedicando vários posts (como no caso da série sobre filmes noir). Embora ela não explique em lugar nenhum os objetivos do blog, estes ficam explícitos no título, que invlusive (como já falei antes) transmite a idéia de que ele não irá tratar apenas de lançamentos, ma também de clássicos do cinema mundial. Ele possui um bom relacionamento com seus "leitores", que interagem de forma significativa em alguns posts (com direito a réplicas e tréplicas de ambas as partes). Não possui erros no escrever (pelo menos não erros percebidos),enfim, dentre os blogs visitados foi o considerado mais completo. Obviamente possuía pontos negativos, como a falta de identificação do autor, que tinha seu perfil indisponível. Mesmo assim, alguns dos autores de comentários o tratavam pelo nome, então havia um canal de comunicação alternativo.

    O Blog do Professor Hamilton teve pontos fortes como, a praticidade da placa superior com um menu de grandes áreas de interesse o blog. Muitos recursos nas barras laterais e a hiper organização. Isso sem falar dos posts explicativos, onde abordava assuntos difíceis (as NOOOOOOOORMAS...., entre outros)de forma acessível e com exemplos, inclusive. Mas o layout preto e a navegação difícel (demorava para carregar) não favoreceram.

    Já com relação ao último blog analiado, o Bibliotecas Escolares, embora tenha um layout atraente e tenha muito conteúdo, uma vez que disponibiliza vídeos de apresentações internacionais em congressos, etc., na área de biblioteconomia, é um tanto gélido. Não há muitos comentários contextualizando os vídeos, um visitante ocasional (eu, neste caso) se sente meio perdido. Não há interação entre os coordenadores do blog e o público (pelo menos nos posts avaliados).

    Enfim, visitem os blogs citados, façam suas análises, tirem suas conclusões e depois me contem como foi!!!!

Avaliação de Blogs - Prática


   Como prática, nos foi solicitado que, dentre uma lista de opções, selecionássemos três blogs e aplicássemos o nosso questionário. A partir dos resultados, precisamos indicar um como parâmetro e justificar a escolha. Então eu optei por expor novamente o questionário, e a cada questão, as respostas dos três candidatos. Os escolhidos foram: o Blog do Professor Hamilton -PH- (http://hamiltont.blogspot.com/), o Museu do Cinema -MC- (http://museudocinema.blogspot.com/) e o Bibliotecas Escolares -BE- (http://linhadeleitura.wordpress.com/).

Vamos aos resultados:

- O tema do blog é implícito no título ou em outro local?

PH - Não explicitamente, em uma área especial, mas nos tópicos dos posts pode-se concluir sobre que tema é o blog.

MC - Sim, no título. Dá a idéia de que não apenas abordará filmes atuais, como também clássicos do cinema.

BE - Sim, no título e em uma seção específica do blog.

- Os objetivos estão claros em algum local do blog?

Apenas o Blog "Biblioteca Escolar" define de forma mais ou meno precisa seus objetivos.

- O autor é reconhecido na área temática do blog?

Apenas no blog "Museu do Cinema" não é possível verificar se o autor é reconhecido na área. Nos outros, os autores são atuantes na árrea de interesse do blog.

- Apresenta as fontes consultadas quando relata um fato ou notícia?

No blog "Museu do Cinema", por ter caráter mais crítico, e tendo como base filmes, não apresenta fontes. Os outros, sim.

- Há posicionamento crítico do autor em relação aos fatos que relata?

PH - nos post visitados, não foi encontrado um posicionamento Crítico (esse com "C" maíusculo, é mais um espaço de conversa, de ajuda (materiais sobre normas, etc).

MC - o blog aborda, geralmente, filmes do interesse e gosto do autor, mas se lermos suas respostas aos comentários, perceberemos que tem argumentos, defende seus pontos de vista, e é crítico em relação aos argumentos alheios.

BC - não muito, o blog parece ter um caráter mais de divulgação.

- Qual o nível de profundidade com que o autor aborda os assuntos ao longo dos posts?

PH - profundidade média nos posts de opinião, e no explicativos linguagem simples e boa profundidade com exemplos, etc.

MC - boa profundidade, analisa o filme em questão com relação a atores, diretores, tema, etc

BE não há exaustão, geralmente háa divulgação de vídeos, e apresentações sobre assuntos relacionados à leitura e a todo o universo que a cerca.

- O autor escreve de forma correta?

Os três blogs pesquisados apresentam bom uso da gramática sem erros explícitos ou percebidos.

- O layout é atrativo e harmônico em relação ao tema do blog?

PH - Não muito atraente, embora funcional, com relação ao menu na parte superior, mas a tela preta polui.

MC - Neutro, com enfoque no conteúdo do post. Agradável aos olhos.

BE - Criativo, atraente e divertido, no que diz respeito ao layout da parte referente ao título, e mantendo neutro no restante.

- Há respostas do autor às questões e aos comentários dos leitores, como forma de interação entre público e autor?

Apenas no blog "Bibliotecas Escolares" não há uma intereção mais explícita entre autores e público, no outros dois o diálogo se faz presente nos comentários.

- É atualizado frequentemente?

Todos os três são atualizados regularmente, muitas vezes com média de um post por dia.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Avaliação de Blogs

    Bom, com a facilidade que temos atualmente de criar blogs para expressar nossaas idéias, sentimentos e posicionamentos em relação aos acontecimentos do mundo, há uma verdadeira "explosão" de pensamentos. Imagine uma sala onde todos estão gritando suas idéias sobre os assuntos mais diversos, e você tendo que escolher uma voz de cada vez (ou alguém que esteja falando sobre um assunto que te interesse) no meio desse tumulto. Como fazer? Ou ainda, como saber se aquela pessoa é a mais indicada ou tem as melhores informações para lhe dar sobre tal ponto? Essa analogia serve para ilustrar o problema da "multiplicação dos blogs". Em um ambiente onde temos tantas possibilidades de fontes e pessoas falando sobre (praticamente) tudo, como saber quais são as mais adequadas ou fidedignas?

    Principalmente quando falamos em blogs "especializados", ou seja, aqueles voltados para determinada área de conhecimento, como, por exemplo, as Ciências da Informação. Que critérios usaremos para determinar se um blog pode ser uma fonte viável de informação?Não sou quem pensa nesse assunto (óbvio), mas pesquisadores que estudam o fenômeno internet e todas as suas implicações: explosão da informação, "desinformação" etc. Uma linha de pesquisas é a confiabilidade e a avaliação dos blogs que circulam por aí. Nesses estudos que partem muitas vezes de universidades, são elencados uma série de fatores passíveis de avaliação. Esses fatores vão desde design do blog, informações inicias como objetivos, identificação do autor etc.. até indicação de fontes de informação utilizadas na elaboração dos posts. Assim, com base em alguns artigos, elaborei um (pequeno) questionário que pode servir como base para uma primeira análise de blogs. Procurei abordar um pouco de tudo, dando maior ênfase na parte de conteúdo.

    Assim, segue o modelo que formulei com base em três artigos:

- O tema do blog é implícito no título ou em outro local?
- Os objetivos estão claros em algum local do blog?
- O autor é reconhecido na área temática do blog?
- Apresenta as fontes consultadas quando relata um fato ou notícia?
- Há posicionamento crítico do autor em relação aos fatos que relata?
- Qual o nível de profundidade com que o autor aborda os assuntos ao longo dos posts?
- O texto está bem escrito sem erros gramaticais? - O layout é atrativo e harmônico em relação ao tema do blog?
- Há respostas do autor às questões e aos comentários dos leitores, como forma de interação entre público e autor?
- É atualizado freqüentemente?


Fontes consultadas:

ALVIM, Luísa. A Avaliação da Qualidade de Blogues. Disponível: . Acesso em:15 maio 2010


JIMÉNEZ HIDALGO, Sonia; SALVADOR BRUNA, Javier. Evaluación formal de blogs con contenidos académicos y de investigación en el área de documentación. El profesional de la información, v.16, n. 2, marzo-abril 2007. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2010


TOMAÉL, Maria Inês...et al. Avaliação de fontes de informação na internet: critérios de qualidade. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

The End


        Como tópico final destes posts sobre o blog, indico o livro Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo, onde Hugh Hewitt nos dá um panorama deste fenômeno, embora enfoque os impactos nos Estados Unidos, é possível ter uma boa idéia sobre este assunto. E, o melhor de tudo, ele está na biblioteca da FABICO!!!!!!!! Entre outros tópicos, destaca a variedade de opções que o blog pode atender e já destacava o ensino, no caso, o Direito. Afirma que se fosse um estudante de Direito criaria um blog, já que os advogados têm obtido, segundo ele, grande sucesso na blogosfera, já que eles realizam uma ótima pesquisa e isso reflete nos comentários. No capítulo intitulado Uma dúzia de blogs que eu criaria se fosse..., o autor nos traz desde possiblidades comerciais com criar um blog com links para o Amazon.com e General Motors até possibilidades profissionais. Enfim, ficam as dicas, os links, e façam a experiência: criem um blog, vale MUITO a pena!


Referência:

HEWITT, Hugh. Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007. 261 p.

Os blogs na Moda


   Na publicidade, os blogs são vistos como canais de convencimento, formas alternativas de persuadir o público na compra de produtos. Através de estratégias sutis de venda, originárias das práticas tradicionais de venda e promoção de produtos, já comuns em outros tipos de veículos de comunicação em massa, como televisão e rádio. No seu trabalho de conclusão de curso, intitulado "Blog enquanto ferramenta de comunicação utilizada como meio de promoção publicitária para a moda", Caroline Bonetto analisa as relações entre moda, publicidade e blogs, mostrando mais uma possibilidade de uso dos blogs. Ela analisa quatro blogs de moda, discutindo pontos como o discurso de cada um, como as vantagens dos blogs enquanto veículo de comunicação (rapidez, público alvo) favorecendo uma indústria tão efêmera quanto a moda.
     Ainda no mundo da Propaganda, uma análise feita em 2008 sobre o processo de interação entre as pessoas nos blogs com e sem comentários. A questão central era como poderia haver interação em um sistema sem comentários? Isso afetaria a relação interpessoal existente entre autor e leitores? Quais as diferenças entre um blog sem comentários, um com comentários livres e outros com moderação de comentários? A autora, Cecilia Zancan, percebeu que a interação ocorre sim, de forma diferente. No blog sem comentários a interação ocorria através de e-mail, então ela concluiu que essa interação dependia da boa vontade do autor, e paciência dos leitores, e a duração desta interação. (ZANCAN, 2008, P. 76)

Educação (Parte 2)

         Ainda tendo em mente o blog com essa faceta educacional, vale destacar uma iniciativa que encontrei quase por acaso na minha pesquisa para esta série de posts: um estudo realizado no ano passado (2009) sobre a identidade, memórias de professores ouvistes e surdos no contexto da educação de surdos e nas histórias de vida de cada um. Neste estudo o papel do blog se metamorfoseou durante o processo:


Nossa intenção inicial ao criarmos o blog era a de utilizarmos esse espaço como ferramenta de divulgaçaõ do curso, para anunciar, compartilhar as informações referentes à inscrição e aos temas que seriam abordados nos encontros e para postas os textos a serem lidos previamente pelo grupo. Porém, esse espaço virtual se tornou, a partir do pimeiro encontro, um espaço de trocas significativas e de aprendizagens para o grupo. (THOMA; BANDEIRA, 2009, f. 2)


         Neste trabalho, professores ouvintes e surdos interagiram durante um período de tempo através do blog e ao final da pesquisa e do projeto de extensão, haviam planos de continuidade. E através de ferramentas do Google, era possível visualizar as palavras que eram utilizadas pelas pessoas que remetiam ao blog e assim ter dimensão das curiosidades e da busca por esses assuntos por parte da população. As autoras, nas notas de encerramento de trabalho, que foi apresentado no Seminário Internacional as Redes do Conhecimento e as Tecnologias, garantem que o blog vai ser, no mínimo, um


arquivo de memórias dos sujeitos (...)espaço de publicação e autoria de narrativas sobre as constituição dos sujeitos (...). Um espaço que convida seu leitor a pensar outras formas de discutir a educação de surdos, com a palavra de professores surdos e ouvintes que vivenciam a in/exclusão nas suas práticas docentes. (THOMA; BANDEIRA, 2009, f. 13)


     Procurei este blog, para ver se a proposta foi levada adiante, e o blog atualmente divulga notícias pertinentes ao mundo de educação para surdos. A última postagem era a divulgação das propostas de dissertações que foram defendidas recentemente, e que tinham alguma ligação com a cultura dos surdos. Temas como literatura surda estão contemplados nas propostas.



Referência:


THOMA, Adriana da Silva; BANDEIRA, Larissa da Veiga Vieira. Em http://memoriasnaeducacaodesurdos.blogspot.com, memórias e narrativas constituindo modos de ser e se fazer a educação do outro surdo. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL AS REDES DO CONHECIMENTO E AS TECNOLOGIAS, 5., 2009, Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro: UERJ, 2009. [14 f.]

Educação (Parte 1)

         Cada vez mais a internet e seus recursos estão servindo para renovar as formas de realização de muitas atividades. No ensino, por exemplo, trazendo recursos que otimizem as possibilidades de atender a todos e oferecer a possibilidade a mais pessoas adquirirem o conhecimento. As ferramentas de educação à distância estão presentes nas universidades, onde inclusive, já existem cursos inteiramente em EAD. Mas o que os blogs têm a ver com o ensino? Aparentemente nada, mas assim que pensamos com um pouco mais de atenção e criatividade o blog acaba se tornando uma ferramenta e um importante recurso didático.
        No curso de Biblioteconomia, por exemplo, já foi oferecido como forma de trabalho e até mesmo de avaliação em duas disciplinas. Ainda que se tratassem de disciplinas voltadas para o uso de tecnologias no cotidiano bibliotecário, vale ressaltar a inovação no método de ensino. Aqui estou eu escrevendo um post sobre um assunto determinado por um professor. Assim, a internet nos possibilita mais uma ferramenta de ensino e o blog abre caminhos para mais um nicho de atuação. Ainda utilizando o curso de Biblioteconomia como exemplo: recentemente, no dia 17 de março, recebemos da disciplina de Informação Especializada um conselho para que visitássemos um determinado blog, pois ele pertence a um autor muito interessante e importante nessa área, o Kuramoto. Assim, não mais apenas lemos livros e artigos com recomendação de professores, mas também partimos para um outro patamar.

Jornalismo (Parte 2)


     Em um artigo publicado na revista FAMECOS de 2007, alunos da UERJ mostraram o resultado parcial de uma pesquisa sobre o fenômeno dos blogs durante o escândalo político do mensalão de 2005. Eles monitoraram desde a questão da visitação até o processo comunicacional entre o autor do blog e seu público (participante através dos comentários dos posts). Perceberam que nesse novo modo de interação há algumas novidades: em alguns blogs o autor apenas determinou algumas regras de convivência - como o limite de caracteres e não postar textos que pudessem ser enquadrados como calúnia - deixando as pessoas livres para debaterem o assunto em pauta. Em outros, os posts eram estudados previamente antes da publicação, o que suscitava críticas de alguns, que alegavam princípio de censura, e de outros compreensão. Em alguns blogs, o autor até se faz presente nos comentários interagindo da forma mais direta possível nesse modo de comunicação. O "prêmio maior" para os leitores, alegam os autores, é quando sua contribuição é pinçada dentre tantas outras e leva destaque no post do autor.
     Outras coisas se assemelham ainda com o processo anterior: o jornalista ainda é fonte de informação mas sem a rigidez anterior: "Nesse sentido, o papel do jornalista nos blogs combina as funções de moderador e pauteiro, mas não se iguala à posição privilegiada do emissor nos meios de comunicação de massa." (ALDÉ ; ESCOBAR; CHAGAS, 2007, p. 34). Assim, se antes as notícias eram trazidas pelos jornais ou televisão e viravam tema para discussões em bares e esquinas, discussões entre pessoas comuns, agora esses "bares e esquinas" são virtuais e não apenas entre pessoas comuns, mas sim entre pessoas comuns e o próprio jornalista. Os dois extremos, trocando idéias e refletindo sobre um determinado tópico de interesse geral.


Referência:

ALDÉ, Alessandra; ESCOBAR, Juliana; CHAGAS, Viktor. A febre dos blogs na política. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 2, n. 33, p. 29-40, ago. 2007

Jornalismo (Parte 1)


        Os jornalistas, por exemplo, conseguiram uma alternativa para contornar duas situações: a falta de diálogo direto com o público e a ligação com grandes veículos de comunicação em massa (como os jornais) que pode ter repercussão na forma e no conteúdo da sua fala aos leitores. Os jornalistas encontraram um espaço onde possuíam a liberdade de opinião e a comunicação com o público. Com a facilidade de usufruírem da reputação conquistada nos veículos tradicionais de jornalismo.
        No Brasil o impacto desse tipo de utilização dos blogs, o chamado "blog jornalístico" ainda não chegou no estágio de países como os Estados Unidos, onde os blogueiros inclusive são: "[...] facilmente credenciados para convenções partidárias, por exemplo, e sua presença massiva chega a influenciar parte do noticiário, ajudando a ditar pautas e encaminhamentos de cobertura [...]" (CHRISTOFOLETTI ; LAUX, 2008, p.31). Ainda assim, é notável o movimento de jornalistas, ligados ou não a outro veículo de comunicação, na criação de um blog próprio, onde têm mais liberdade de dar a sua opinião sobre assuntos da atualidade e de movimentar uma outra esfera de discussão do cenário nalcional, seja este político, social ou econômico.


Referência:

CHRISTOFOLETTI, Rogério; LAUX, Ana Paula França. Confiabilidade, credibilidade e reputação: no jornalismo e na blogosfera. Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v.31, n.1, p. 29-49, jan./jun. 2008.

sábado, 20 de março de 2010

Missão 1: O Blog


        Embora eu nunca tenha criado um blog antes, a maioria das pessoas tem um. Aquelas que não têm (como eu), conhecem alguém que tem. Quando comecei a ler um pouco sobre blogs, me deparei com um fenômeno que ocorria há algum tempo e eu não tinha a mínima idéia. Então vamos aos fatos: Os blogs estão presentes em nossas vidas há mais ou menos 10 anos, sendo que no começo eram considerados apenas como uma forma de comunicação e desabafo para os adolescentes, sendo, inclusive, rotulados de "diários virtuais". Mas assim como tantas outras coisas, o blog evoluiu e cresceu, tanto nos seus objetivos como no público, já que de simples diário passou a ser um espaço de troca de idéias sobre assuntos de interesse diversos (desde culinária até livros, filmes e video games), e de uso exclusivo dos adolescentes passou a todas as faixas etárias e tipos diversificados de pessoas. Em seu artigo sobre a metodologia de pesquisa dos blogs de política nas eleições presidenciais de 2006, Cláudio Penteado, Marcelo Santos e Rafael Araújo (2009, p. 159) afirmam que:


A diversidade de usos dos blogs possibilitou que esses dispositivos ampliassem sua relevância social, deixando de ser apenas diários on-line de adolescentes e espaço de mídia alternativa para consolidarem-se como um novo espaço comunicativo e um novo meio de ação social [...]


        Assim, o blog (espaço onde é possível disponibilizar textos de qualquer pessoa, sendo este passível de comentários) acabou sendo explorado pelos mais diversos públicos. Procurei encontrar alguns exemplos dessa possibilidade de acesso com finalidades múltiplas.


Referência:

PENTEADO, Cláudio Luis de Camargo; SANTOS, Marcelo Burgos Pimentel dos; ARAÚJO, Rafael de Paula Aguiar. Metodologia de pesquisa de blogs de política: análise das eleições presidenciais de 2006 e do movimento "Cansei". Revista de Sociologia e Política, v. 17, n. 34, p. 159-181, out. 2009.

Alice no País das Maravilhas


Alice quando caiu no túnel atrás do coelho, acabou em um país completamente novo e que, a cada esquina, trazia novidades e desafios. E me me deparo na mesma situação, mas em maior proporção, daí o "mundo digital".Quando me matriculei na disciplina, não tinha uma idéia muito clara de como seria, estava curiosa. E no primeiro dia, vi o plano de aula, fiquei surpresa e, por que não dizer, temerosa. Surpresa pois embora conviva com a tecnologia no cotidiano, era apenas um uso particular e vê-la (mais efetivamente) com um olhar profissional, conseguindo uma maior base para o futuro é maravilhoso.

Temerosa, pois embora a minha geração tenha mergulhado na era digital, o meu contato em particular com ela é muito recente. Eu fui descobrir como mexer em um e-mail há dois anos atrás. Vivi 17 anos da minha vida sem um contato maior do que entrar no Google. Assim, hoje já tenho orkut, twitter, msn, e-mail etc (sim, acabei ficando normal depois da faculdade!), mas ainda me retenho ao básico. Criar um blog, realmente, não estava nos meus planos. MAS...estou aqui, depois de muita dificuldade (se aventurar em um mundo novo demanda energia e disposição) e pronta para discutir alguns tópicos interessantes.