sábado, 29 de maio de 2010

Museus, Iraque e pessoas


   Os museus, assim como as bibliotecas e todos os ambientes relacionados às tecnologias de informação e comunicação, tiveram que se adaptar aos novos tempos. A expansão da internet nos anos 1990 desencadeou ppossibilidades que ainda não foram completamente exploradas. Todos os dias novas práticas usando a internet, novas maneiras de usar esta ferramenta. Uma delas é a utilização da internet para divulgação dos serviços e recursos das instituições de cultura. Assim, sites foram criados e informações sobre funcionamento e serviços são divulgadas.
   No caso dos museus, houve uma denominação para os sites dos museus (webmuseus, museus virtuais, museus on line) e também uma exploração muito grande das possibilidades deste novo recurso. Sim, pois da mesma forma que existem sites com informações como horário de funcionamento e exposições, existem outros onde acervos inteiros estão disponíveis para um tour virtual...você pode ver o museu, as salas de exposição e nelas os objetos. Os objetos vem, em alguns museus, com informações históricas e fotografias (como no caso do museu do Iraque).
   Em outras situações, temos museus com uma proposta inovadora como o Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/index.shtml) onde as pessoas são o foco. Não, na verdade, as histórias dessas pessoas é que são. Lá pode-se encontrar depoimentos de várias pessoas comuns sobre diversas temáticas como cotidiano, sociedade etc...
   Quem sabe visitar vários países sem sair de casa, hein? Ir ao Iraque ( e sem perigo de morrer por causa de uma bomba...)e outros países interessantíssimos. Lugares que talvez nunca visitemos, pelo menos os objetos de lá conheceremos.
   Obviamente, com o surgimento da possibilidade de se visitar um museu sem sair de casa, houve um tumulto sobre o fim dos museus reais. Gente, será que não vamos aprender nunca? Sabe, o mesmo aconteceu com o e-book na Biblioteconomia. Surge um, o outro logo logo TEM QUE sumir. Assim, vamos entrar em um acordo, no caso dos museus e dos livros, não será desta vez que sumirão. Não digo nunca, pois, ao menos no caso dos suportes (como o livro) a História mostra que mesmo que dure muito...um dia acaba, então o livro vai sim acabar...UM DIA, não amanhã, nem daqui a 10 anos, UM DIA.É como diz Rosane Carvalho: os museus virtuais estão em construção há apenas 10 anos.
   Outra coisa, o receio de que as pessoas não queiram mais ir a exposições pois já a viram na internet é, pelo menos ao meu ver um tanto exagerado. Pense assim: no caso dos livros é diferente, pois o importante é o conteúdo do livro e não o livro em si, mas no caso do museu o incrível é o objeto. É maravilhoso saber a história dele e o contexto em que ele estava inserido. Mas o inacreditável é saber de tudo isso e ainda poder ver o objeto a centímetros de ti.
   Então, concluindo esse post que mais parece uma colcha de retalhos (pois esse tema sendo novo causou uma certa confusão em mim, além de uma agradável surpresa, fica a dica: pesquisem, vejam acervos lindíssimos que se não fosse a web vocês nunca conheceriam, e depois façam uma viagem, visitem...não deixe que a web substitua nada, ela apenas complementa.



Referência:

CARVALHO, Rosane Maria Rocha de. Comunicação e informação de museus na
Internet e o visitante virtual.Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2010.

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