sábado, 19 de junho de 2010

As tecnologias e a Informação. Elas estão aí e você, também?


   A partir do que foi discutido ao longo do semestre, a proposta final da disciplina é refletir sobre a seguinte questão: É possível convergir todos esses elementos informacionais, distribuídos nas diferentes mídias estudadas, para sistematizar a busca e a recuperação da informação de maneira mais ágil e mais eficiente? Então vamos lá!
   Atenção para a resposta certa: SIM!! Podemos utilizar esses recursos para uma recuperaçao mais eficiente, só temos que saber como. Um dos fatores que influenciam este processo é a mentalidade das pessoas. Vimos durante esses meses de reflexão e aprendizado sobre as mídias digitais que muitas são as alternativas, os recursos, as possibilidades e o que pode faltar é o conhecimento e a iniciativa das pessoas em pesquisar e utilizar o que encontram de novo.
   Podemos visualizar alguns cenários: as pessoas que utilizam estes recursos para otimizar a realização das tarefas e assim se aproximam da realidade dos nossos dias; existem aquelas que utilizam sem a vontade e empenho necessário, tornando assim o instrumento ineficiente e, por fim, há a ignorância destes meios, um possível medo destes recursos.
   Quando eu estava no colégio li em um livro de História que na Idade Média as pessoas tinham medo das novidades, e neste ponto não evoluímos muito. Ainda encontramos pessoas receosas de usar novos programas, esperimentar novos sites e claro, tudo que veio depois do celular....(se bem que tem gente que nem celular tem!). Então falar em aproveitar os novos recursos é falar no comportamento humano também.
   No caso das bibliotecas também há conflito. O que vemos atualmente são extremos: bibliotecas que já incorporaram estes recursos de forma efetiva e outras que não estão em contato com nenhuma ferramenta. Obviamente que devemos saber medir o quanto estamos sendo efetivos nas atitudes que tomamos. Não adianta apenas criar uma ferramenta (como um blog, por exemplo) sem que esta tenha visibilidade entre os usuários. Não adianta criar serviços como este se o nosso público-alvo não tiver condições de acessar estas informações, ou não for familiarizados com este tipo de tecnologia. Mas isso não pode nos impedir de tentar, de pesquisar, de agir! É necessário conhecer, divulgar novas possibilidades e ter o discernimento para utilizá-los em prol das necessidades dos seus usuários.
   Claro que todas estas ferramenta, todas essas informações disponíveis acabam por criar um mar de informação que pode nos afogar se não estivermos atentos. Como diz José Moran (1997, documento eletrônico) sobre relação estudantes/internet

Eles [os estudantes] gostam de navegar, de descobrir endereços novos, de divulgar suas descobertas, de comunicar-se com outros colegas. Mas também podem perder-se entre tantas conexões possíveis, tendo dificuldade em escolher o que é significativo, em fazer relações, em questionar afirmações problemáticas


   Solução Opção/alternativa: pesquisar e discutir. Sair do óbvio, seja em fontes de informação, seja em conteúdo. Discuta, reflita sobre as informações que encontra. NÃO use apenas o Google (se bem que, cá entre nós, às vezes só ele responde), conheça outras possibilidades. Não julgue pelas aparências. Não é porque se trata de um blog que não pode haver informação pertinente e indicação de outras fontes que você não tinha encontrado. Existem ferramentas maravilhosas que auxiliam em tantas coisas e muitas pessoas não ficam sabendo.
   Não fique alienado. Não se atrofie. Pense que com a internet a distância se tornou relativa. Ir ao Chile não é tão difícil. Ler o The New York Times, visitar um museu no Iraque, conhecer pessoas que gostam da mesma banda/filme/livro que você, fazer amizades com pessoas que de outra maneira você talvez nunca conhecesse. Amplie seus horizontes. Se for pesquisar, pelo amor de deus, não use só a Wikipédia, mas também não a despreze. Tenha bom senso, e acima de tudo arrisque-se.
   Bibliotecários e usuários: existe todo um mundo na Internet, muita informação e muita desinformação. Isso é fato, porém, não podemos nos ater a esta afirmação e deixar por isso mesmo. Devemos discernir, pensar, exercitar essa massa cinzenta que possuímos e que muitas vezes aproveitamos tão pouco.



REFERÊNCIA:

MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Ci. Inf., Brasilia, v. 26, n. 2, maio 1997 . Disponível em: . Acesso em: 19 jun 2010.

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