segunda-feira, 22 de março de 2010

The End


        Como tópico final destes posts sobre o blog, indico o livro Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo, onde Hugh Hewitt nos dá um panorama deste fenômeno, embora enfoque os impactos nos Estados Unidos, é possível ter uma boa idéia sobre este assunto. E, o melhor de tudo, ele está na biblioteca da FABICO!!!!!!!! Entre outros tópicos, destaca a variedade de opções que o blog pode atender e já destacava o ensino, no caso, o Direito. Afirma que se fosse um estudante de Direito criaria um blog, já que os advogados têm obtido, segundo ele, grande sucesso na blogosfera, já que eles realizam uma ótima pesquisa e isso reflete nos comentários. No capítulo intitulado Uma dúzia de blogs que eu criaria se fosse..., o autor nos traz desde possiblidades comerciais com criar um blog com links para o Amazon.com e General Motors até possibilidades profissionais. Enfim, ficam as dicas, os links, e façam a experiência: criem um blog, vale MUITO a pena!


Referência:

HEWITT, Hugh. Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007. 261 p.

Os blogs na Moda


   Na publicidade, os blogs são vistos como canais de convencimento, formas alternativas de persuadir o público na compra de produtos. Através de estratégias sutis de venda, originárias das práticas tradicionais de venda e promoção de produtos, já comuns em outros tipos de veículos de comunicação em massa, como televisão e rádio. No seu trabalho de conclusão de curso, intitulado "Blog enquanto ferramenta de comunicação utilizada como meio de promoção publicitária para a moda", Caroline Bonetto analisa as relações entre moda, publicidade e blogs, mostrando mais uma possibilidade de uso dos blogs. Ela analisa quatro blogs de moda, discutindo pontos como o discurso de cada um, como as vantagens dos blogs enquanto veículo de comunicação (rapidez, público alvo) favorecendo uma indústria tão efêmera quanto a moda.
     Ainda no mundo da Propaganda, uma análise feita em 2008 sobre o processo de interação entre as pessoas nos blogs com e sem comentários. A questão central era como poderia haver interação em um sistema sem comentários? Isso afetaria a relação interpessoal existente entre autor e leitores? Quais as diferenças entre um blog sem comentários, um com comentários livres e outros com moderação de comentários? A autora, Cecilia Zancan, percebeu que a interação ocorre sim, de forma diferente. No blog sem comentários a interação ocorria através de e-mail, então ela concluiu que essa interação dependia da boa vontade do autor, e paciência dos leitores, e a duração desta interação. (ZANCAN, 2008, P. 76)

Educação (Parte 2)

         Ainda tendo em mente o blog com essa faceta educacional, vale destacar uma iniciativa que encontrei quase por acaso na minha pesquisa para esta série de posts: um estudo realizado no ano passado (2009) sobre a identidade, memórias de professores ouvistes e surdos no contexto da educação de surdos e nas histórias de vida de cada um. Neste estudo o papel do blog se metamorfoseou durante o processo:


Nossa intenção inicial ao criarmos o blog era a de utilizarmos esse espaço como ferramenta de divulgaçaõ do curso, para anunciar, compartilhar as informações referentes à inscrição e aos temas que seriam abordados nos encontros e para postas os textos a serem lidos previamente pelo grupo. Porém, esse espaço virtual se tornou, a partir do pimeiro encontro, um espaço de trocas significativas e de aprendizagens para o grupo. (THOMA; BANDEIRA, 2009, f. 2)


         Neste trabalho, professores ouvintes e surdos interagiram durante um período de tempo através do blog e ao final da pesquisa e do projeto de extensão, haviam planos de continuidade. E através de ferramentas do Google, era possível visualizar as palavras que eram utilizadas pelas pessoas que remetiam ao blog e assim ter dimensão das curiosidades e da busca por esses assuntos por parte da população. As autoras, nas notas de encerramento de trabalho, que foi apresentado no Seminário Internacional as Redes do Conhecimento e as Tecnologias, garantem que o blog vai ser, no mínimo, um


arquivo de memórias dos sujeitos (...)espaço de publicação e autoria de narrativas sobre as constituição dos sujeitos (...). Um espaço que convida seu leitor a pensar outras formas de discutir a educação de surdos, com a palavra de professores surdos e ouvintes que vivenciam a in/exclusão nas suas práticas docentes. (THOMA; BANDEIRA, 2009, f. 13)


     Procurei este blog, para ver se a proposta foi levada adiante, e o blog atualmente divulga notícias pertinentes ao mundo de educação para surdos. A última postagem era a divulgação das propostas de dissertações que foram defendidas recentemente, e que tinham alguma ligação com a cultura dos surdos. Temas como literatura surda estão contemplados nas propostas.



Referência:


THOMA, Adriana da Silva; BANDEIRA, Larissa da Veiga Vieira. Em http://memoriasnaeducacaodesurdos.blogspot.com, memórias e narrativas constituindo modos de ser e se fazer a educação do outro surdo. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL AS REDES DO CONHECIMENTO E AS TECNOLOGIAS, 5., 2009, Rio de Janeiro. Anais...Rio de Janeiro: UERJ, 2009. [14 f.]

Educação (Parte 1)

         Cada vez mais a internet e seus recursos estão servindo para renovar as formas de realização de muitas atividades. No ensino, por exemplo, trazendo recursos que otimizem as possibilidades de atender a todos e oferecer a possibilidade a mais pessoas adquirirem o conhecimento. As ferramentas de educação à distância estão presentes nas universidades, onde inclusive, já existem cursos inteiramente em EAD. Mas o que os blogs têm a ver com o ensino? Aparentemente nada, mas assim que pensamos com um pouco mais de atenção e criatividade o blog acaba se tornando uma ferramenta e um importante recurso didático.
        No curso de Biblioteconomia, por exemplo, já foi oferecido como forma de trabalho e até mesmo de avaliação em duas disciplinas. Ainda que se tratassem de disciplinas voltadas para o uso de tecnologias no cotidiano bibliotecário, vale ressaltar a inovação no método de ensino. Aqui estou eu escrevendo um post sobre um assunto determinado por um professor. Assim, a internet nos possibilita mais uma ferramenta de ensino e o blog abre caminhos para mais um nicho de atuação. Ainda utilizando o curso de Biblioteconomia como exemplo: recentemente, no dia 17 de março, recebemos da disciplina de Informação Especializada um conselho para que visitássemos um determinado blog, pois ele pertence a um autor muito interessante e importante nessa área, o Kuramoto. Assim, não mais apenas lemos livros e artigos com recomendação de professores, mas também partimos para um outro patamar.

Jornalismo (Parte 2)


     Em um artigo publicado na revista FAMECOS de 2007, alunos da UERJ mostraram o resultado parcial de uma pesquisa sobre o fenômeno dos blogs durante o escândalo político do mensalão de 2005. Eles monitoraram desde a questão da visitação até o processo comunicacional entre o autor do blog e seu público (participante através dos comentários dos posts). Perceberam que nesse novo modo de interação há algumas novidades: em alguns blogs o autor apenas determinou algumas regras de convivência - como o limite de caracteres e não postar textos que pudessem ser enquadrados como calúnia - deixando as pessoas livres para debaterem o assunto em pauta. Em outros, os posts eram estudados previamente antes da publicação, o que suscitava críticas de alguns, que alegavam princípio de censura, e de outros compreensão. Em alguns blogs, o autor até se faz presente nos comentários interagindo da forma mais direta possível nesse modo de comunicação. O "prêmio maior" para os leitores, alegam os autores, é quando sua contribuição é pinçada dentre tantas outras e leva destaque no post do autor.
     Outras coisas se assemelham ainda com o processo anterior: o jornalista ainda é fonte de informação mas sem a rigidez anterior: "Nesse sentido, o papel do jornalista nos blogs combina as funções de moderador e pauteiro, mas não se iguala à posição privilegiada do emissor nos meios de comunicação de massa." (ALDÉ ; ESCOBAR; CHAGAS, 2007, p. 34). Assim, se antes as notícias eram trazidas pelos jornais ou televisão e viravam tema para discussões em bares e esquinas, discussões entre pessoas comuns, agora esses "bares e esquinas" são virtuais e não apenas entre pessoas comuns, mas sim entre pessoas comuns e o próprio jornalista. Os dois extremos, trocando idéias e refletindo sobre um determinado tópico de interesse geral.


Referência:

ALDÉ, Alessandra; ESCOBAR, Juliana; CHAGAS, Viktor. A febre dos blogs na política. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, Porto Alegre, v. 2, n. 33, p. 29-40, ago. 2007

Jornalismo (Parte 1)


        Os jornalistas, por exemplo, conseguiram uma alternativa para contornar duas situações: a falta de diálogo direto com o público e a ligação com grandes veículos de comunicação em massa (como os jornais) que pode ter repercussão na forma e no conteúdo da sua fala aos leitores. Os jornalistas encontraram um espaço onde possuíam a liberdade de opinião e a comunicação com o público. Com a facilidade de usufruírem da reputação conquistada nos veículos tradicionais de jornalismo.
        No Brasil o impacto desse tipo de utilização dos blogs, o chamado "blog jornalístico" ainda não chegou no estágio de países como os Estados Unidos, onde os blogueiros inclusive são: "[...] facilmente credenciados para convenções partidárias, por exemplo, e sua presença massiva chega a influenciar parte do noticiário, ajudando a ditar pautas e encaminhamentos de cobertura [...]" (CHRISTOFOLETTI ; LAUX, 2008, p.31). Ainda assim, é notável o movimento de jornalistas, ligados ou não a outro veículo de comunicação, na criação de um blog próprio, onde têm mais liberdade de dar a sua opinião sobre assuntos da atualidade e de movimentar uma outra esfera de discussão do cenário nalcional, seja este político, social ou econômico.


Referência:

CHRISTOFOLETTI, Rogério; LAUX, Ana Paula França. Confiabilidade, credibilidade e reputação: no jornalismo e na blogosfera. Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v.31, n.1, p. 29-49, jan./jun. 2008.

sábado, 20 de março de 2010

Missão 1: O Blog


        Embora eu nunca tenha criado um blog antes, a maioria das pessoas tem um. Aquelas que não têm (como eu), conhecem alguém que tem. Quando comecei a ler um pouco sobre blogs, me deparei com um fenômeno que ocorria há algum tempo e eu não tinha a mínima idéia. Então vamos aos fatos: Os blogs estão presentes em nossas vidas há mais ou menos 10 anos, sendo que no começo eram considerados apenas como uma forma de comunicação e desabafo para os adolescentes, sendo, inclusive, rotulados de "diários virtuais". Mas assim como tantas outras coisas, o blog evoluiu e cresceu, tanto nos seus objetivos como no público, já que de simples diário passou a ser um espaço de troca de idéias sobre assuntos de interesse diversos (desde culinária até livros, filmes e video games), e de uso exclusivo dos adolescentes passou a todas as faixas etárias e tipos diversificados de pessoas. Em seu artigo sobre a metodologia de pesquisa dos blogs de política nas eleições presidenciais de 2006, Cláudio Penteado, Marcelo Santos e Rafael Araújo (2009, p. 159) afirmam que:


A diversidade de usos dos blogs possibilitou que esses dispositivos ampliassem sua relevância social, deixando de ser apenas diários on-line de adolescentes e espaço de mídia alternativa para consolidarem-se como um novo espaço comunicativo e um novo meio de ação social [...]


        Assim, o blog (espaço onde é possível disponibilizar textos de qualquer pessoa, sendo este passível de comentários) acabou sendo explorado pelos mais diversos públicos. Procurei encontrar alguns exemplos dessa possibilidade de acesso com finalidades múltiplas.


Referência:

PENTEADO, Cláudio Luis de Camargo; SANTOS, Marcelo Burgos Pimentel dos; ARAÚJO, Rafael de Paula Aguiar. Metodologia de pesquisa de blogs de política: análise das eleições presidenciais de 2006 e do movimento "Cansei". Revista de Sociologia e Política, v. 17, n. 34, p. 159-181, out. 2009.

Alice no País das Maravilhas


Alice quando caiu no túnel atrás do coelho, acabou em um país completamente novo e que, a cada esquina, trazia novidades e desafios. E me me deparo na mesma situação, mas em maior proporção, daí o "mundo digital".Quando me matriculei na disciplina, não tinha uma idéia muito clara de como seria, estava curiosa. E no primeiro dia, vi o plano de aula, fiquei surpresa e, por que não dizer, temerosa. Surpresa pois embora conviva com a tecnologia no cotidiano, era apenas um uso particular e vê-la (mais efetivamente) com um olhar profissional, conseguindo uma maior base para o futuro é maravilhoso.

Temerosa, pois embora a minha geração tenha mergulhado na era digital, o meu contato em particular com ela é muito recente. Eu fui descobrir como mexer em um e-mail há dois anos atrás. Vivi 17 anos da minha vida sem um contato maior do que entrar no Google. Assim, hoje já tenho orkut, twitter, msn, e-mail etc (sim, acabei ficando normal depois da faculdade!), mas ainda me retenho ao básico. Criar um blog, realmente, não estava nos meus planos. MAS...estou aqui, depois de muita dificuldade (se aventurar em um mundo novo demanda energia e disposição) e pronta para discutir alguns tópicos interessantes.