sábado, 8 de maio de 2010

Vídeos na educação

     Usar vídeos na educação não é exatamente uma idéia nova. Porém,não significa que seja bem uitlizado na maioria das vezes. Talvez pela incompreensão do método ou por comodismo em relação ao "fazer aula", ou seja, por usar este recurso de forma inadequada.
     Para usar um vídeo em sala de aula, o básico é relacionar o conteúdo do mesmo com o currículo, para que os alunos tenham uma espécie de motivação. Eles precisam ser surpreendidos para que se interessem pela aula. Usar o vídeo em História, por exemplo, pode ilustrar uma época, uma realidade. E não pense nos romanos, pense na 2ª Guerra Mundial e na Ditadura Militar, guerras internacionais. Na Literatura, com as adaptações dos clássicos como O Crime do Padre Amaro, onde podemos não ter a versão tão fiel, mas teremos o estímulo. Na Geografia, mostrando o relevo do mundo, a realidade de países distantes na Geografia Política etc.
     Aí pensamos, "ok, vídeo na escola", mas essa não é a realidade. Na Universidade ainda temos o recurso do vídeo e ele, quando bem utilizado, funciona. Tivemos essa experiência no primeiro semestre da faculdade, quando vimos "Tempos Modernos" para a disciplina de Sociologia e Administração. Nos dois casos houveram ligações entre o conteúdo do filme e o ministrado em sala de aula. No local onde faço estágio estamos selecionando vídeos para mandar para as unidades do interior. Esses vídeos são desde documentários sobre vida selvagem até dicas de administração.
     Além de usar na sala de aula, o uso do vídeo na Educação vai muito além: pode ser utilizado na Educação Alimentar, como relatado no artigo "Utilização de vídeo como estratégia de educação nutricional para adolescentes: comer... o fruto ou o produto?", onde as autoras argumentam que as fórmulas convencionais de instrução não têm êxito pois não "tocam" os adolescentes.      O que não podemos afirmar do apelo que os produtos têm para eles. O marketing da indústria alimentícia reforça pontos como popularidade e sucesso sexual como iscas para atrair jovens. Obviamente, entre esses estímulos e o cuidado ao engerir leite na juventude para prevenir osteoporose mais tarde, os adolescentes ficam onde a "galera" também fica. (BOOG ...et al, 2003)
     Assim, as autoras elaboraram um vídeo onde usaram a história de Romeo e Julieta como base. A partir dela encaixaram argumentos que variavam desde a necessidade natural de nos alimentarmos até o direito garantido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Depois realizaram atividades como oficinas e questionários para avaliação daquilo que tinha ficado retido na memória do jovem.
     Professores: usem o vídeo, ele é um recurso maravilhoso quando utilizado apropriadamente. Não tentem usar como tapa-furo, não pensem que não iremos perceber se quiser utilizar o filme de forma a não ter que dar aula. Os alunos, quando conquistados são capazes de fazer coisas ditas "loucas". No amo de 2007, no colégio Protásio Alves, uma turma de alunos se encontrou no sábado para assistir a filmes selecionados pelos professores de História e Sociologia. Foi muito divertido. Os alunos não ganhariam nada pela ida ao colégio. Foi pelo simples prazer de encontrar amigos e professores e ver um filme. Por isso, professores, caprichem, sejam criativos e conquistem seus alunos!




Referência:


BOOG, Maria Cristina Faber et al . Utilização de vídeo como estratégia de educação nutricional para adolescentes: comer... o fruto ou o produto?. Rev. Nutr., Campinas, v. 16, n. 3, set. 2003 . Disponível em . Acesso em 08 maio 2010.

4 comentários:

  1. Oi Lais!
    Teu blog tá muito legal também!
    Fico até com vergonha pq teus textos são bem mais coerentes que os meus (O meu não tem referenciais!)

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  2. Oi Lais, sou nutricionista e tenho interesse em usar o vídeo para discussão em grupos, sabe me dizer como consigo acessar o vídeo? Tenho o artigo que foi resultado do trabalho das autoras, mas o vídeo não consigo encontrar.
    Obrigada!

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  3. Olá Lais, Também gostaria de assistir o vídeo. Sabe onde encontro?

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